Na manhã desta quinta-feira (29), um tufão extremamente forte atingiu a Ilha de Kyushu, localizada na costa japonesa, paralisando fábricas, transportes e fazendo com que mais de 4 milhões de pessoas fossem evacuadas, além de ter sido emitido um alerta máximo para fortes ventos e tempestades.
A agência de notícias estatal NHK comunicou a morte de cinco pessoas, 104 feridos e o desaparecimento de duas pessoas.
Com ventos de até 252 km/h, o tufão Shanshan chegou à costa por volta das 8 horas (horário local) de quinta-feira perto da cidade de Satsumasendai, informou a Agência Meteorológica do Japão (JMA), a agência também previu que a tempestade deve percorrer o país do oeste para leste nos próximos dias com “força total”.
A tempestade, décima a acontecer na Ásia em 2024, deve afetar cinco milhões de pessoas à medida que avança para o norte, em direção a Honshu, a maior ilha do Japão. A previsão é que o tufão atinja com menos força Tóquio, contudo as autoridades alertaram que o risco de desastres é alto.
A previsão dos próximos dias para o Japão é de que a tempestade continue se movendo lentamente para o sudeste, antes de cruzar para regiões mais centrais durante o fim de semana e até mesmo no início da próxima semana, com tempestades mais fracas. A principal preocupação é a precipitação generalizada e os acidentes que podem ser provocados, principalmente no oeste, com algumas áreas podendo chegar a 500 milímetros.
De 15 a 17 de agosto, outro tufão, Ampil, ocasionou o cancelamento de muitos trens e voos no Japão, mas apenas causou ferimentos leves e danos menores na costa do Pacífico. Além disso, outro estudo publicado na quinta-feira pela World Weather Attribuition mostrou que a mudança climática acelerou o tufão Gaemi, responsável pela morte de dezenas de pessoas nas Filipinas, Taiwan e China no início do ano.
O que é o tufão Shanshan?
O evento climático é um ciclone, que por causa da força dos ventos, é classificado como um super tufão. A força do fenômeno chegou a ser comparada com a de um furacão de categoria 5, como por exemplo, o furacão Irma. Devido ao aquecimento global, os tufões que atingem a região asiática estão se formando mais perto da costa, intensificando-se mais rapidamente e permanecendo mais tempo sobre a terra, diz estudo publicado em julho.
Texto: Luiza Lannes | Imagem: Google Earth