“Ainda estou aqui” novo filme brasileiro com Fernanda Torres coloca o Brasil em holofotes pelo mundo, com chance de indicação ao Oscar

Aconteceu neste domingo (01) o Festival de Cinema de Veneza, na Itália, onde a atriz Fernanda Torres, protagonista do novo filme brasileiro dirigido por Walter Salles, foi ovacionada por 10 minutos ininterruptos por sua atuação no filme “Ainda Estou Aqui”. Fernanda Torres foi fortemente elogiada por críticos de todo o mundo. O “Deadline” acredita que a sua atuação pode colocá-la na corrida por prêmios importantes, e ainda completa afirmando “a atriz tem uma delicadeza emocional”.

As boas críticas ao filme trazem esperança de um prêmio inédito ao povo brasileiro, o Oscar de melhor atuação. A única brasileira indicada a esse prêmio foi Fernanda Montenegro no ano de 1999 por sua performance no longa-metragem “Central do Brasil”, também dirigido por Walter Salles. No entanto, a brasileira saiu de mãos abanando, já que Gwyneth Paltrow foi a ganhadora do prêmio. Segundo internautas, seria essa a chance de Fernanda Torres vingar sua mãe, exatos 25 anos depois, trazendo o almejado prêmio para o Brasil

Ainda, o filme é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, que era esposa de Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello, deputado caçado e morto depois do golpe de 1964. O livro conta a história da luta por justiça que Eunice Paiva destrinchou ao longo de 26 anos, quando finalmente em 2014, depois de se tornar símbolo de campanhas pela abertura de vítimas do regime militar, ela conseguiu com que a morte do marido fosse investigada pela Comissão Nacional da Verdade.

Durante esse percurso, Eunice tentou diversas vezes fazer com que o Governo investigasse a morte do político, porém, militares da época arranjaram uma história de que o deputado teria sido sequestrado por estranhos e desaparecido. Contudo, Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva não desistiu e com o passar do tempo, se formou em advocacia. Sua história é contada por Torres de forma sutil e sem exageros, uma forma sóbria de interpretar a jornada tão difícil de uma mulher que carrega tanto simbolismos.

Pular para o conteúdo