Índia realiza ataques ao Paquistão

Imagem: REUTERS

Nesta terça-feira (6), a Índia realizou ataques com mísseis em nove locais da Caxemira sob administração paquistanesa, intensificando o já delicado conflito entre os dois países. O governo indiano afirmou que a ofensiva, batizada de “Operação Sindoor”, teve como alvo infraestruturas terroristas, resultando na morte de pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, e deixando doze feridos. A informação foi confirmada por autoridades do Paquistão.

O Exército da Índia assumiu a autoria dos ataques, justificando a ação como uma resposta a grupos que supostamente planejam ações hostis contra o território indiano a partir de bases na Caxemira sob controle paquistanês. O governo indiano enfatizou que a operação foi “focada, comedida e não escalonada”, negando ter atingido propositalmente instalações militares do Paquistão.

Relatos locais apontam que a cidade de Muzaffarabad, capital da Caxemira paquistanesa, sofreu diversas explosões, resultando na interrupção do fornecimento de energia elétrica. A ofensiva militar ocorre como retaliação a um ataque armado ocorrido em 22 de abril na cidade de Pahalgam, na Caxemira indiana, que vitimou 26 turistas. Embora a autoria do ataque ainda seja incerta, a Índia responsabilizou o Paquistão, que negou qualquer envolvimento.

imediatamente, condenando o ataque como um “ato de guerra”. O tenente-general Ahmed Chaudhry, porta-voz do Exército paquistanês, afirmou que a resposta virá “no momento apropriado”. O primeiro-ministro Shehbaz Sharif, por meio da plataforma X, reiterou o direito do Paquistão de responder de maneira proporcional à investida indiana.

Além da operação militar, a Índia anunciou a suspensão de sua participação no Tratado de Compartilhamento de Água de 1960 com o Paquistão. A medida implica na retenção do fluxo de rios que nascem na Índia e abastecem o Paquistão. O primeiro-ministro indiano Narendra Modi justificou a decisão como uma resposta ao atentado de abril, priorizando os interesses nacionais.
Essa decisão ocorre em meio a acusações anteriores do Paquistão, que alegava manipulação indiana do rio Chenab. O ministro da Irrigação da província de Punjab, Kazim Pirzada, relatou uma queda anormal no volume do rio, o que já havia sido considerado uma possível violação do tratado.

A combinação dos ataques militares e da suspensão do tratado hídrico intensifica a tensão entre os dois vizinhos nucleares, historicamente envolvidos em disputas territoriais pela Caxemira. A comunidade internacional observa com preocupação o desenrolar dos acontecimentos, temendo uma escalada ainda maior no conflito regional.

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